Há séculos o homem enleva seu espírito com substâncias que vêm de fora, equilibrando liberdades e restrições. Entretanto, foi no século XIX que as drogas e a alteração das consciências por elas causadas se converteram num problema. Antes formavam parte de seu cotidiano. Esse período é marcado por uma fissura: a proibição, a postura de medir o que excede e a falta de convívio natural com as drogas e o álcool, contexto este que culminou na formação das Ligas de Temperança em várias partes do mundo. Este curso tem como objetivo discutir como ocorreu essa mudança de chave na maneira de enxergar esse viés de consumo a partir da leitura de Historia de las Drogas de Antonio Escohotado e Tecnologias de Si de Michel Foucault.
Bibliografia:
BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BLAKE, William. O Matrimônio do Céu e do Inferno. São Paulo: Iluminuras, 2001.
COCTEAU, Jean. Ópio, diário de uma desintoxicação. São Paulo: Brasiliense, 1985.
DE ROPP, Robert S. As drogas e a mente. São Paulo: 1967.
ESCOHOTADO, Antonio. Historia de las drogas. Madrid: Alianza Editorial, 1989.
FOUCAULT, Michel. “Tecnologias de si”. in Revista Verve (Nu-Sol – Núcleo de Sociabilidade Libertária Programas de estudos pós – graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, n. 6, 2004, pp. 321-360.
GAUTIER, Théophile. O Clube dos Haxixins. Porto Alegre: LPM, 1986.
ILLICH, Ivan. Limites para a Medicina: a expropriação da saúde. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.
PLATÃO. O Banquete. Lisboa: Edições 70, 2002.
QUINCEY, Thomas de. Confissões de um comedor de ópio. Porto Alegre: L&PM, 1982.
RIMBAUD, Arthur. Uma Estadia no Inferno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.
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QUINCEY, Thomas de. Confissões de um comedor de ópio. Porto Alegre: L&PM, 1982.
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